domingo, 31 de maio de 2009

Dois Extras - Uma Lembrança & Um Sonho.

(Bom... os Extras são passagens em 3ª pessoa que contêm acontecimentos pequenos, mas significativos, no presente e passado (e quem dera ainda, no futuro). Entre o capítulo um e dois existe um extra, mas eu esqueci de publicar, e entre o dois e três, têm outro. Isso não significa que vá ter extra entercalando todos os caps, mas alguns sim. Aqui estão, então! Um Sonho eu afirmo que é o único extra em 1ª pessoa.)


Uma Lembrança.

“Matt? Você não vai acreditar...!”
Ela fica paralisada no meio do salão de jantar vazio daquele apartamento. No outro minuto, depois que seu cérebro entende, ela corre para onde quer que fosse. Enquanto as lágrimas umedeciam suas bochechas, se lembrou claramente dos últimos suspiros da voz dele.
“Eu realmente preciso ir agora, Matt, está tarde demais.”
“Mas você nunca sabe quando será a última vez...
Quando tudo estará em jogo, quando tudo não valerá mais.”

Nada vale mais.


X

Um Sonho.

A luz crepuscular irradiava o estúdio novamente nos tons de amarelo. O silêncio que ecoava pela sala não era natural. Só os passos, uma longa brisa, mas nada de buzinas, sirenes ou alarmes de carro. Eu sentia não estar sozinha, e fui afirmada quando encontrei os dois olhos de uma cor chocolate profunda me encarando. Eu só via seus olhos, mais nada. Uma leve corrente de fumaça nos cercava, mas não parecia vir dele. E então, como o estalo de uma luz sendo apagada, tudo vira noite de repente, mas foi como se ele se iluminasse. Seus olhos viraram esmeraldas, e seu cabelo atingiu uma cor clara, enquanto do liso arrepiado se transformou no bagunçado fino. E eu já não estava olhando para Matt, e sim para Rick.


(here it is. :} espero que gostem, e quanto à caixa de comentários, não sei o que fazer com ela. nem eu consigo postar nela! acho que colocarei o chat na coluna ao lado > para facilitar. quero saber a opinião de vocês :B Beijos.)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Capítulo Dois.

A Starbucks estava lotada naquela tarde. Meu cappuccino já chegara ao fim, e tinha que ler os textos de Shakespeare para sexta, mas eu não estava nem um pouco com vontade de voltar para casa.
Eu poderia dizer que New York é o melhor lugar do mundo para se ver todo o tipo de pessoa. À minha direita estava uma típica filhinha de papai rica, com sua roupa da Gucci e seus sapatos Channel, as centenas de sacolas de compras ao seu redor, o último modelo de celular lançado em sua orelha e a voz mais irritante saindo de sua boca. À minha esquerda estava uma executiva brigando com o marido no telefone, gritando – mais precisamente – sobre o divórcio. Ela quase chorava sobre a guarda das crianças e sobre a pensão, dizendo que não conseguiria sozinha.
Mas, o que eu era? Uma garota de 17 – ok, 16 – anos com uma calça jeans skinny e uma jaqueta preta?
Ah, e claro, com os sapatos de tango na bolsa. E sem meu iPod. Ugh.
Idealizei passar no estúdio. Era quase impossível. Tirando o fato que eu precisava do meu iPod – por motivos como: a falta de música me matar, os arquivos do meu trabalho para semana que vem estarem nele – eu não podia retornar a ver o dono do estúdio. Eu não me permitiria ficar tão chocada com sua presença como da primeira vez. Bonito demais, misterioso demais, perigoso demais. Só atrapalharia as coisas. Mas a vontade de voltar a dançar quase me torturava. Pela primeira vez depois de tantos meses eu me senti leve, completa. Aquele estúdio me passara uma confiança que jamais adquirira. Se não voltasse logo, talvez a perdesse, o que não estava nos meus planos. Eu ia ter que achar um novo estúdio rápido, mesmo achando impossível. Onde encontraria um salão como aquele novamente?
Decidi que era melhor eu voltar para casa. A cafeteria estava enchendo mais e mais com os vários tipos de pessoa e me deixando claustrofóbica. Não ia ter como fugir de Shakespeare agora. Um pequeno sereno caia do céu, mas eu não me importava.
Quando pude respirar o ar gelado ao contrário do abafado de dentro do lugar, relaxei. O metrô mais perto dali era há 10 minutos, e eu não tinha tanta pressa.
E mais perto ainda estava o estúdio de dança.
Metrô, metrô, metrô. Pare com isso.
Comecei a andar à deriva, na direção do metrô. A noite se apoderava do céu rápido demais, e a falta de postes de luz prejudicava a rua. O sereno parecia aumentar a cada passo, até que virou gotas espessas de água. Em segundos, se transformara em uma grande pancada, deixando tudo que estava à vista embaçado e eu, encharcada. Pessoas tentavam – e definitivamente não conseguiam – não trombar comigo com seus guarda-chuvas. Elas corriam para lugares secos e quentes, ao invés daquela rua. Eu corria sem rumo, cegada pela chuva, com o único desejo de achar um lugar com teto, pelo menos. Starbucks já havia ficado para trás, o metrô continuava longe demais, e uma familiar porta não me deu chances de pensar seriamente sobre o assunto.
Adentrei sem hesitar e encostei-me na lateral da parede perto a escada, arquejando, pegando lufadas de ar para tentar normalizar meu frenético coração. Tudo estava muito escuro ali, mal dava para ver a escada a não ser pela luz da janela na porta. O cheiro de cigarro, menta e conhaque (ou um péssimo vinho) estavam bem fortes, principalmente o de cigarro – eu quase podia sentir a fumaça. Meu cabelo pingava, a maquiagem preta de meus olhos deveria estar um pouco borrada. Minha respiração não parecia querer desacelerar.
“Você é, com certeza, a intrusa mais bonita que eu já vi.”
A voz que eu mais temia escutar vinha de mais perto do que eu imaginava. Meus olhos se focaram, então, na parede à minha frente onde ele estava encostado tranqüilamente, fumando. A parte dos seus olhos incrivelmente verdes e de sua testa eram as únicas iluminadas por completo pela luz da porta, mas eu vi a sombra da fumaça saindo de seus lábios.
“Você voltou.” ele disse, sorrindo e pegando uma tragada.
“Era o lugar seco mais perto.” Como meu coração voltaria ao normal agora?
“Bom para você.” Riu baixinho e soltou uma corrente de fumaça branca. Começou a caminhar até mim e se inclinou – como sempre, perto demais – para mim, colocando uma das mãos na parede esquerda em que eu me apoiava. Abaixou a cabeça até ficar no nível da minha, e eu não tinha certeza de onde estava, muito menos sabia como respirar.
“Hoje vai dançar comigo? Eu não esquecerei isso muito fácil.” Sua respiração quente tocou meu rosto com seu cheiro de cigarro concentrado. Perto demais, perto demais. Eu ainda não tinha respondido e estava extasiada. O que eu poderia fazer agora? Ele voltou a rir, triunfante, me olhando fixamente nos olhos.
Não, não, não, não!
“Eu estou encharcada e preciso chegar em casa logo.” Me desvencilhei de seu olhar e tentei passar por debaixo de seu braço que ainda estava na parede. Imediatamente, ele ficou na mesma posição de antes, só que agora de um jeito que era impossível passar.
“Não tão rápido. Ainda está chovendo lá fora, é melhor esperar um pouco.”
Olhei freneticamente para a janela da porta no vão de seu braço, vendo que a chuva não havia diminuído nem um pouco. Bufei acabada. A chuva iria realmente demorar muito.
“Você não tem escolha.”
“Eu não vou dançar com você.” Eu consegui dizer. “Estou pingando! Mas que diabos de persistência.”
“Você invadiu o meu estúdio. Achou que ia se livrar fácil?”
“Ninguém me dissera que era seu.”
“Procurasse antes de se aproveitar dele. Isso é crime, sabia?”
“Porque apenas não me expulsa? Para que dançar?” Agora eu estava realmente furiosa. Ele era impossível!
“Não expulsaria alguém que dança tão bem” Ele sorriu, inclinando a cabeça para mais perto da minha. “Nesse princípio, é até bom ter uma intrusa como você por aqui.”
“Sério? Meu deus, mudou a minha vida agora!” Ironia pesada, bem pesada.
“Não sei da sua, mas a minha mudou.” O sorriso desapareceu, e de repente ele estava sério novamente. O penetrante olhar verde queimando o meu castanho-claro.
Uma convulsão de risos nervosos explodiu de mim.
“Ok, se queria me ver rir, conseguiu!” Eu não tinha certeza se achara realmente engraçada aquela observação, mas que estava rindo de nervosismo, eu tinha certeza. Estava quase escrito na minha testa.
“Isso não foi uma piada.” Ele estava sério, ainda, e perto demais – quase normal – mas seu olhar vacilava do sério para o risonho. Ele deveria estar considerando deixar essa passar como mais uma piada.
“Ok, hm...” Me soltei de seu olhar, me dando segundos para uma respiração uniforme. Comecei a subir as escadas – mesmo não querendo prolongar esse encontro peculiar; meus passos faziam barulhos engraçados, deixando marcas de poças D’água. Ouvi seu riso baixo atrás de mim, enquanto ele subia atrás.
“A propósito...” Ele disse, e eu implorei mentalmente para não voltar com o assunto sentimental. Eu não deveria ter me importado tanto com o que ele disse. “Estou com seu iPod.” E um sorriso em sua voz.
Claro que ele percebeu meu esquecido.
“Pode me devolver?” A música poderia salvar essa noite. Eu definitivamente não ia suportar pensar sobre isso quando fosse dormir.
“Ele não está aqui.”
Oh deus.
“Eu preciso dele!”
“Só voltou para pegá-lo?”
“Claro! Porque mais voltaria?” Pelo iPod, não é? E um lugar seco.
Silêncio. Um sorrindo se arreganhando até os dentes reluzirem fracos na escuridão.
“Dançar.” Ele disse enfim. “Comigo.”
“Já disse, não tenho tempo para isso. Seria mais fácil apenas me expulsar.”
“Eu acho mais fácil você dançar comigo. O que a impede?”
“Tempo.” Ou me prevenindo de sofrer de um ataque de coração com você chegando perto demais com seu cheiro forte demais de menta e tabaco, ou seu sorriso bonito demais para Nova York, principalmente para esse estúdio de dança. Eu quase disse. Agradeço ao meu cérebro não ter explodido esse pensamento em palavras.
“Eu posso arranjar um pouco para você.” E ele se aproxima novamente. Seus olhos de esmeralda me segurando como se fosse cravada ali.
Eu não ia deixar nada ficar marcado em minha mente para pensamentos futuros. Eu não me atreveria a conjeturar por que meu coração não voltara aos batimentos normais. O jeito era me distanciar de seus passos e fazer uma brincadeira inoportuna, me fazendo de completa idiota, como sempre.
“Você poderia...” E minha frase morreu, minha voz sumindo, minha respiração voltando a ficar alta demais. A aproximação dele. Eu começara a odiar isso de uma forma não muito normal. Tentei de novo. “... poderia me arranjar uma toalha. Eu agradeceria imensamente.”
“Não tem toalhas aqui, sinto muito.”
Ótimo.
“Hm. Eu... preciso ir, mesmo.” Me confirmei pela janela. Os deuses me ajudavam. A chuva estava quase terminada. Soltei um longo suspiro.
Quando me voltei para olhá-lo, ele tinha avançado mais passos do que eu poderia ouvir e estava perto, novamente. Estendeu sua mão para mim no curto espaço entre nós e eu fiquei parada, completamente imóvel, sem respirar. Eu quase ouvia nossas respirações; o som das gotas de água se desprendendo de minha roupa e caindo no piso. Ele afagou meu rosto com a ponta dos dedos. Seu sorriso estava um pouco desmoronado, uma tristeza incrível nos olhos esmeralda, mas logo voltou com todo o seu poder de persuasão e vitória.
“Você voltará.” Ele disse, parando de afagar meu rosto. “Pelo menos pelo seu iPod.” E riu.
Agora foi a minha vez de ter um sorriso derrotado. Meu iPod. Meu querido companheiro de música esquecido pela primeira vez que conheci o misterioso dono do melhor estúdio de dança do meu conhecimento. Ele era quase um culpado – ou o iPod ou esse na minha frente.
Derrotada, acenei com a cabeça e uma tentativa de sorriso nos lábios. Se ficasse mais um pouco ali, ou pegaria um belo resfriado, ou ele daria mais passos para a minha direção – e eu estava apavorada em saber da minha reação, que poderia ser completamente o contrário do que eu me deixara – com seus olhos totalmente dominadores, ou pior: teria que dançar com ele.
Corri pelas escadas, e uma estranha sensação de déjà vu me invadiu. A chuva estava impiedosa novamente, e eu só prestei atenção em meus pés e nas poças de água. Eu sabia no que meus pensamentos me levariam, e eu adoraria poder evitar.
Sempre fugindo, dizia uma ridícula e hipócrita voz. Fugindo, sua covarde! Dançar agora se tornará seu maior medo, por causa dele. Você sabe que ele vai tomar o lugar do outro. Você está curiosa sobre ele. Porque acha que seu coração tropeça tanto quando o vê? E você sabe que está começando a sentir aquilo novamente...
Cale a boca. Dessa vez foi a minha voz. Consciência idiota.
Atrás de mim vieram seus passos. Uma tremedeira correu minha espinha inteira e não era por minha roupa estar úmida e fria. Ele não disse nada, e o cheiro de cigarro recém fumado não chegou tão perto. Ele apenas jogou algo pesado e liso sobre meus ombros e voltou a subir as escadas. Analisei o conteúdo; era uma jaqueta de couro marrom, quente e seca.
Seja o que for agora. Um resfriado, um trabalho atrasado e uma volta ao estúdio de dança eram coisas inevitáveis. Infelizmente.
O pior de todos os outros fatos estavam por baixo de minhas pálpebras cansadas:
O olhar penetrante perfeitamente verde que eu queria não me lembrar.
E meu coração voltando a ficar histérico.
De novo.


Obrigada.

domingo, 17 de maio de 2009

Capítulo Um.

O barulho do trânsito nas ruas; as luzes que iluminavam o cenário perfeito eram as das janelas; os últimos suspiros do sol no horizonte deixavam a sala inteira em um tom envelhecido, meio ocre alaranjado; os espelhos já continham as ruínas da velhice, as bordas de um dourado pintado depois de muitos anos na tentativa de enganar quem quer que fosse dizendo serem novos. Mas, mesmo com todo o aspecto visto com olhos ruins por qualquer outra pessoa, eu adorei. Era confortável, isolado e me passava segurança.
Um estúdio de dança dos anos 60 no meio da 5th Avenue.
Dava para sonhar mais algum outro lugar para se ensaiar?
Graças a todos os deuses eu não tirei nada da minha bolsa na noite anterior. Loui fez um trabalho incrível nos meus sapatos de dança. Não é sempre que se acha um sapateiro bom o bastante para reformar um “Scarpin Modelo: Sapatos de Tango” encontrado em um brechó. Mesmo eu não dançando muito bem tango, óbvio, só preferia esse modelo. O amplificador de áudio do iPod estava na minha bolsa também, e ainda bem que eu o carreguei antes de ontem, colocando a minha mais nova pasta de músicas instrumentais. As músicas começaram um pouco depois de eu me dirigir ao centro do grande piso, os saltos fazendo barulhos sofisticados na madeira lisa.
Eu só precisava deixar a música entrar, apenas senti-la e eu, sem perceber, iria começar a dançar sem esforços. Eu nunca gostei muito de dançar sozinha, mas depois que Matt desapareceu do mapa, eu nunca mais pensei em conhecer novos parceiros de dança. Por motivos simples, um deles o fato que eu não dançava há dois anos por causa do mesmo, e por não confiar em quase ninguém, mas tinha um outro motivo que cutucava minhas veias e fazia meu estômago dar mortais de tristeza.
Ninguém iria superar Matt dançando.
Meu rosto ficou vermelho e senti meus olhos inundarem. Era ridícula a falta que eu sentia dele, e mais ridículo ainda era eu camuflar isso com a raiva da necessidade.
Concentre-se, já se passaram 30 segundos da música e você não se concentrou.
Eu só precisei me concentrar um pouquinho e já estava me mexendo. Passos lenta, acompanhando o compasso da música. Minhas mãos seguiam os violinos, e me deixei levar como há muito tempo eu não deixava. Enquanto girava ao longo do salão, eu fixava meus olhos no espelho, me equilibrando, e reparando cada contorno do meu próprio corpo. Eu tinha que dançar com graça, sutileza. Tinha medo que os sentimentos de decepção que me invadiram anteriormente fossem ficar marcados em meus passos, com grosseria e intolerância.
E isso continuou, as músicas trocando, as luzes escurecendo, deixando a sala quase negra onde a claridade não tocava. Foi então que meus olhos focalizaram um perfil masculino alto, que podia ter no mínimo uns 20 anos, de olhos muito claros iluminados pela pouca luz, cabelos castanho-claro bagunçados, com os braços cruzados no peito, encostado no batente da porta quase sorrindo, com o olhar de apreciação.
Deus, eu estava sendo observada.
Oh meu Deus, e ainda por cima ele é lindo.
Eu estava estática no meio da pista de dança olhando o estranho quando o silêncio me torturou. Quanto tempo havia passado para a pasta lotada de músicas instrumentais acabasse? E quanto tempo ele estava a me observar?
Por favor que eu não fique nervosa, nem desmaie, ou vomite, por favor, por favor!
Respire, é um bom efeito. Agora tome coragem, coloque um sorriso nesse rosto e pergunte algo tolo, como “vem sempre aqui?”.
Mas parece que ele foi mais rápido.
“Olá.” Disse ele com um sorriso que mataria uma Times Square inteira.
“Oi.” Quase balbuciei. “Eu pensava que esse prédio era abandonado, me desculpe.” Podia sentir meu rosto pegando fogo. Mal tinha terminado a frase e já estava indo em direção à minha bolsa, tirando os sapatos e substituindo pelo All Star.
“Se quando poucas pessoas, digamos uma, utiliza um prédio eles colocam como abandonado...” e ele riu baixinho.
“Bom, me desculpe de qualquer jeito.” Joguei o amplificador dentro da bolsa junto com os sapatos. Só a minha bolsa podia ter um zíper emperrado bem numa hora dessas. Eu quase estava na porta, caminhando apressadamente e soltando o rabo-de-cavalo do meu cabelo.
“A propósito...” ele disse talvez perto demais, e me virei instantaneamente para sua figura perfeitamente alta na sombra. “Você dança realmente bem.”
“Hmm, obrigada.”
“Você voltaria para dançar comigo?”
Epa. Agora ele queria matar minha mentalidade com isso.
“Eu não... quero dizer, não sou muito boa para...” gaguejei feio. Isso só ia me fazer lembrar mais do Matt. Mas talvez esse cara fosse bom, além de absurdamente lindo.
Cala boca e não plante a semente da esperança. Trate de pensar em uma resposta coerente.
Ele foi mais rápido novamente.
“Qual o seu nome?”
“... Jane.”
“Rick.” Dava para ser morta por um sorriso como aquele?
“... Bom, eu realmente preciso ir.”
“Nós dançamos outra hora, então.”
Não respondi. Só joguei-me escada abaixo e corri até o metrô mais próximo, o vento fazendo meu cabelo ricochetear a face, me lembrando tardiamente que havia esquecido o iPod no salão.
Eu não teria escolha, a não ser voltar. Quem vive sem iPod?
Talvez eu tivesse que aprender.

Boas Vindas - Leiam!

Localizada no meio da agitada 5th Avenida de Manhattan, New York City, existe uma porta danificada pelo tempo, cuja maçanete range doídamente. Atrás da comum passagem sem chamar atenção, um jovem misterioso, com olhos mais brilhantes que esmeraldas, fuma seu cigarro barato e toma seu vinho ruim. Ele sorri vendo a cidade embaixo de si nunca parar. Sorri principalmente por não estar nela. Mas quando ele voltar seu olhar para você, fuja. Porque, sabe, ele pode mudar sua vida.

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Essa é a história de Jane, que depois de um término de namoro horrível, para de fazer o que mais gosta em toda sua vida: dançar. Ela recomeça depois de achar na principal avenida de Grande Maçã um estúdio de dança que, pela primeira vez em anos, à passa confiança. E o pacote incluí, nada mais, nada menos, do que o misterioso dono do salão. Ninguém disse que seria tão fácil assim.

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Hey! A história é escrita por mim, Bárbara. Meu blog pessoal está no perfil - só clicar. o/
Como é uma história sobre dança, muitas vezes, as cenas requerem a música certa. Vou providenciar logo logo um player. Todas as vezes que tiver um no cap, é porque tem dança, e a dança condiz com essa música. :)
Críticas, por favor! Acabe comigo, corrija-me, diga se chorou ou não. Whatever, só comente!
Espero que gostem, pois me esforço bastante.
Beijos à todos, e que NY embalem vocês do mesmo jeito que ela fez comigo :*